Quando chegamos a um novo país inevitavelmente fazemos comparações. Neste momento
o nosso termo de comparação já não é só Portugal, mas também a Suiça e o Equador, porque estes três países fazem parte de quem somos.
Ora aqui em terras gregas há costumes, lugares que estão próximos dos nossos e outros que se distanciam.
Os gregos, tal como nós, adoram bebés. Todos têm alguma coisa para dizer ao F num tom carinhoso. O rapaz, que é bem educadinho, retribui com um sorriso que os deixa derretidos. A paisagem por vezes é muito parecida com a portuguesa, o que facilmente nos transporta para terras lusas. A comida é boa, mas os pratos principais normalmente não vêm com acompanhamento. Por exemplo, batatas fritas e salada são entradas. Claro que as manas comem um montão de batatas antes e depois é um problema para comerem o resto.
A relação dos gregos com as regras de trânsito é muito flexível. Por exemplo, assim que a estrada alarga um bocadinho, inventam logo uma nova faixa e aproveitam para ultrapassar. Os sentidos proibidos não dependem do sinal, mas sim da interpretação do condutor, ou seja, se não ver ninguém em sentido contrário, eles avançam, porque dá muito trabalho conduzir até à rua seguinte. Para as motos vale tudo e cerca de metade dos motociclistas não usa capacete. Numa via rápida perto de nossa casa, há uma bomba de gasolina, à qual só pode aceder quem conduz na dita via. Paralela à via rápida há uma estrada de acesso à via. Contudo, alguém que estava cansado de percorrer esse caminho, decidiu tirar o rail na parte de trás da bomba de gasolina, abrir o portão de acesso à mesma e desde então todos os automobilistas (eu incluída) entramos na via rápida pelo novo acesso. Diariamente, as infracções e algumas loucuras, fazem-me lembrar Quito! Podemos acrescentar ainda os inúmeros buracos nas estradas.
Dignos de referência são os locais de reciclagem. Basicamente funciona tudo ao molho. No mesmo contentor podemos colocar plástico, papel, cartão, latas, vidro. Não estou muito convencida que posteriormente separem todo este lixo, por isso não compreendo muito bem se a reciclagem será efectiva. Neste aspecto, Portugal, ainda não na perfeição helvética, mas definitivamente mais organizado!
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