quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Vire na primeira à esquerda

Vivemos no centro das atenções, senão mundiais, pelo menos europeias desde o passado Domingo, quando o povo grego deu uma valente viragem à esquerda, ao eleger o Syriza para governar o país. Digo valente, porque é preciso coragem (ou desespero) para optar por uma mudança tão radical. Em geral, estamos (sim, nós também) expectante relativamente ao que esta mudança vai trazer ao país e de que forma é que se vai traduzir na vida das pessoas. 


O maior problema deste país é, sem dúvida, a corrupção, que se verifica a todos os níveis, desde a balança da mercearia que está programada a favor do dono, a grandes esquemas ao nível empresarial e, claro, a nível governamental. O P tem-se deparado com diversas situações na empresa e, a nível local, há sempre alguma resistência em começar a fazer as coisas de forma correcta. Inclusivamente tiveram o desplante de lhe perguntar se em Portugal também não é assim! 



Sendo que o combate à corrupção é um dos principais objectivos deste novo governo, esperemos que de facto procurem atingi-lo. A pediatra dos meus filhos dizia, em tom de graça que, no início farão tudo de forma correcta até aprenderem os esquemas e começarem a utilizá-los. O tempo o dirá.



No Domingo, enquanto seguíamos as eleições pelos canais portugueses, dei comigo a pensar que vivemos na cidade onde tudo aquilo se estava a desenrolar e parecia que estavamos bem longe de todo aquele alvoroço. Bem sei que estamos a dezoito quilómetros do centro da cidade, mas não pude deixar de me lembrar da resposta da Lili  Caneças, quando lhe colocaram a célebre questão "Onde estava no 25 de Abril?" - "A tomar chá com umas amigas" . Quando me perguntarem o que estava a fazer neste dia, a minha resposta terá de ser, "Sentada no sofá, possivelmente a dobrar meias" lol! A verdade é que não sentimos esta luta como nossa, não nos toca o coração, apesar de nos afectar.

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