Custam sempre, as despedidas. Contudo, umas doem mais do que outras.
Não se compara um até à próxima com um até sempre.
No último dia em que disse até à próxima ao meu avô, não sabia, que na verdade, seria um até sempre. Regressámos a Atenas conscientes de que o seu estado inspirava cuidados, pois estava debilitado, comia cada vez menos, passava o dia a descansar. No dia vinte e um celebrou o seu aniversário em casa, já não lhe apeteceu ir almoçar fora, como era da praxe. Teve o seu bolo de aniversário e os parabéns cantados pelos que o amam. Falámos ao telefone, dei-lhe os parabéns e desejei-lhe um dia muito feliz. O meu avô disse adeus à vida com noventa seis anos, uma semana e um dia. Um telefonema do meu pai, de manhã cedo, deixou-me adivinhar o que não queria ouvir.
Sei que não posso pedir mais à vida. O meu avô viveu uma vida longa, saudável, trabalhou muito, passou por várias dificuldades, mas lutou sempre. Foi um homem honesto, sério, amigo, que amou e protegeu sempre muito a sua família. Como marido, pai, avô, tio esteve sempre ao nosso lado, estendeu-nos sempre a mão, brincou muito com as netas, construi-nos brinquedos e ajudou-nos em diversos projectos, desde trabalhos de casa até renovações e transformações nas nossas casas. Conheceu as bisnetas e bisnetos e todos têm um grande carinho por ele.
Obrigada avô por seres tão grande!
Imagino-te agora, tal como há nove anos atrás nesta fotografia, de braço dado com a tua companheira de vida, juntos para sempre, os melhores avós que eu poderia ter tido.
Até sempre!
Que linda homenagem, como só tu sabes fazer!
ResponderEliminarUm beijinho.