segunda-feira, 13 de junho de 2016

Parnassos

Da minha janela, vejo-te montanha.
Ondulante mas imóvel.

Num dia soalheiro, o teu sopé revestido de verde ganha vida.
Às vezes azulada, acinzentada, em dias nebulados.
Negra, em dias de chuva.
No final de um dia de Verão, a tua forma recortada na luz do sol que se põe, os teus contornos ardendo na luz que se despede.

Sempre presente, imponente, gigante.

Vejo-te montanha, todos os dias, da minha janela.

Quando esta casa deixar de ser a nossa, despedir-me-ei de ti. 
Não voltarei a ver-te de cada vez que olhar pela minha janela, mas levar-te-ei comigo, como sempre levo o que não quero esquecer.

Sem comentários:

Enviar um comentário