domingo, 1 de outubro de 2017

Seis semanas depois

Seis semanas depois do recomeço da escola  e os dias têm passado a correr. Entre o vai pôr e vai buscar à escola, tenho trabalhado muitas vezes como professora de substituição, tenho ajudado a organizar os eventos da Associação de Pais, voluntariei-me para "Room Parent" da turma da M e do F e tenho tentado incluir caminhadas nestes dias tão cheios. Depois de terminado o horário escolar, começam os tpc e as actividades extra curriculares. Entre as aulas de ténis, natação, futebol e bateria, todos os dias há uma actividade para um ou mais dos  pequenos. O F estreou-se na natação e no futebol. Está a adorar, mas fica derreado no final dos trinta minutos que dura cada uma das aulas. Até eu tenho ido nadar com a M, enquanto o F tem a aula. À Quinta-feira chegamos os três a casa  moídos e prontos para uma boa noite de sono. A M continua com a natação e a C, completamente independente, vai e vem para as suas actividades, até porque todas são estratégicamente perto de casa e de fácil acesso de  transportes.
O ritmo acelerado das vidas de todos nós faz-nos dar as boas vindas a todas as oportunidades de desaceleração, por isso, na passada Sexta-feira abraçámos o primeiro dia de férias de Outono. O primeiro de duas semanas. Combinámos com uma colega da M almoçar num parque de que muito gostamos e passar lá o resto da tarde. Depois do almoço e já no parque infantil, o F caiu em cima de uma trave de madeira onde tentava equilibrar-se. Ao cair, uma farpa da madeira entrou pela sua perna adentro e começou a nossa primeira aventura destas férias. Ao ver que não conseguiria retirar a farpa, pois estava completamente dentro da pele, levei-o ao hospital. Depois de uma ecografia, confirmou-se que havia um corpo estranho de cerca de 3 cm na perna do F, a uns 4 mm de profundidade. Os médicos tentaram removê-lo com anestesia local, mas não foi possível e acabaram por ter de submeter o nosso F a uma pequena cirurgia com anestesia geral. Correu tudo bem e o pequeno parece que nem tem pontos na perna. A mesma energia de sempre, com muitos saltos à mistura. 





É a terceira vez que um dos nossos filhos é submetido a uma cirurgia e aqueles intermináveis minutos em que a mesma dura parecem sempre horas. Pensamos em todos os cenários possíveis, tentando permanecer positivos, mas a nossa imaginação surpreende-nos sempre com uma ou outra possibilidade mais aterradora. Só quando tudo termina, nos dizem que correu tudo bem e a nossa criança acorda, conseguimos ficar tranquilos. 
Quando tudo terminou, lembrei-me dos pais e filhos que têm de enfrentar situações bem piores que esta. Como será estar numa sala de espera, com uma ciriurgia de horas pela frente e da qual depende a vida do nosso filho? 

Espero que esta tenha sido a aventura mais radical destas duas semanas de férias que agora começam. Espero, no final, apenas ter para relatar idas a museus, a parques, a exposições, nada que envolva hospitais!

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