segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Vulcões

Sábado, oito da manhã, tudo a postos para a visita ao Parque Nacional Cotopaxi.
As miúdas excitadíssimas, "Vamos ver o Cotopaxi, vamos ver o vulcão!", os graúdos também mas mais contidos verbalmente, sem, contudo, deixar de incendiar o entusiasmo da pequenada. Sim, porque isto de ver o bicho ao longe deixa sempre água na boca.
A estrada boa, para espanto de todos os participantes da expedição, pois os amigos que nos acompanharam haviam dito que a estrada tinha muitas curvas o que tornava a viagem mais demorada. Mas não, estrada com duas faixas nos dois sentidos, cerca de uma hora de caminho... até que saímos da estrada e virámos à direita, seguindo a indicação do Parque.
Estrada de terra batida, buracos, solavancos , nada que um jipe não supere facilmente e que na realidade trouxe mais emoção à aventura.
Depois de entrarmos no Parque a estrada foi ficando pior, muito pó, muitos buracos, pedras soltas, lama, sentíamo-nos numa verdadeira expedição. Tivemos inclusivamente de passar por uma poça gigante de água onde nunca nos atreveríamos com um carro.
Fomos subindo, subindo, subindo até chegarmos ao Parqueadero, 4500m de altitude! A partir daí só caminhando. Quando saí do carro a cabeça a andar à volta, dois ou três passos mais rápidos e a respiração ofegante e um friiiio!




O P e o J ainda subiram mais um pouco até ao Refúgio, 4810m... foi obra. Segundo eles, só foi possível através de passadas curtas e muuuuiitas paragens. Regressaram extenuados mas satisfeitos pela vitória alcançada.




Como estava um dia enevoado não foi possível ver a totalidade do vulcão, mas de vez em quando lá nos faziam a vontade e o céu abria um pouco para vislumbrarmos o colosso. Lindo! O contrasde das cores, o negro e castanho do solo e o branco gritante da neve - como diria uma grande professora que eu tive na faculdade "Você não pode morrer sem" ver algo assim.




Descemos um pouco e pelo meio de uma vegetação característica da zona, o páramo, curta e amarelada que confere uma sensação de aridez, dirigimo-nos a um delicioso restaurante dentro do parque. Isolado, rodeado por cavalos selvagens e uma vista fantástica.
Obrigado aos B que nos acompanharam, valeu bem a pena.

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